terça-feira, 13 de março de 2012

Imprensa perde Joanice Pierini

Ex-editora executiva do Diário, ela era considerada uma das mais competentes jornalistas de sua geração


ALECY ALVES
Da Reportagem

Morreu na madrugada do dia 21/04/2005, em Campo Grande (MS) a jornalista Joanice Pierini Loureiro, de 31 anos. Ex-editora executiva do Diário, Joanice era considerada uma das profissionais mais competentes da nova geração da imprensa mato-grossense. Portadora de uma cardiopatia, agravada pela hipertensão pulmonar, há vários anos ela lutava contra a doença na expectativa da cura ou ao menos o seu controle.
Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Joanice atuou por mais de cinco anos em Cuiabá. Aqui, além do Diário, trabalhou na TV Centro América, na extinta sucursal do jornal Gazeta Mercantil e fez parte da diretoria do Sindicatos dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor) como membro da Comissão de Ética. Foi também repórter free-lancer da Folha de São Paulo e de O Globo.
Para Gustavo Oliveira, diretor editorial do Diário, Joanice Pierini foi uma das mais brilhantes jornalistas de sua geração. “Além de seu talento como repórter, tinha o dom de saber comandar e motivar seus colegas de redação”, disse. Uma das melhores características, avaliou Oliveira, era seu senso apurado de organização, que muito contribuiu para modernizar a redação do jornal no final dos anos 90.
O ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas, Rodrigo Vargas, que dividiu as atribuições sindicais com Joanice e a teve como companheira de trabalho na redação do Diário, a via como uma profissional em quem podia se espelhar. “Ao mesmo tempo em que era rigorosa na apuração, ela passava sensibilidade ao texto, conseguia conciliar essas duas coisas importantes”, avaliou Rodrigo.

Pessoalmente, Rodrigo a tinha como uma das pessoas mais generosas que conheceu. E como alguém muito forte, que nunca era vista cabisbaixa. “O que nos entristece é saber o quanto ela poderia realizar e contribuir com a profissão. Sua morte é uma grande perda, tanto pela que ela fez e pelo que poderia fazer”, completou.

O vice-presidente do Sindjor, Jonas Silva, considerava Joanice uma profissional exigente, como requer a profissão, e cada vez mais preocupada em melhorar como profissional e pessoa.

Diretora de Comunicação da Prefeitura de Cuiabá, a jornalista Noelma Oliveira diz que se impressionava com a competência e organização de Joanice. “Ela era de um profissionalismo admirável, fazia e acreditava no jornalismo sério e tornava o ambiente de trabalho o mais agradável possível”, completou.

Amiga e companheira de trabalho, Camila Bini confessa que olhava Joanice com grande admiração. “Organizada, pontual e competente, mantinha ótimas relações profissional e de amizade. Circulava bem entre todos os meios. Era uma pessoa de fácil convivência e tinha uma agenda invejável”, disse.

Morando há pouco mais de um ano em Campo Grande (MS), para onde se mudou a fim de dar continuidade ao tratamento de saúde, Joanice nunca escondeu que um de seus objetivos era voltar a trabalhar em Cuiabá.

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